O PCP defendeu que o país precisa de “soluções, e não de eleições”, para ultrapassar a crise política provocada pela demissão de António Costa.

“No plano constitucional, não é obrigatório que à demissão do primeiro-ministro suceda a dissolução da Assembleia da República”, afirmou Paulo Raimundo, na sede nacional do partido.

“O PCP relembra que estamos perante um governo e uma maioria absoluta constituídos a partir do argumento da estabilidade e de uma operação de chantagem que contou com a colaboração do Presidente da República”, acrescentou o secretário-geral do PCP.

Raimundo garantiu, no entanto, que o PCP está “preparado” para eleições antecipadas. “O que a situação do país exige é a rejeição da política de direita que tem sido prosseguida pelo governo PS”, disse o líder dos comunistas, reafirmando a necessidade de uma política alternativa que assegure o aumento de salários e pensões, a defesa do SNS e do acesso à saúde, a garantia do direito à habitação, os direitos das crianças e dos pais, a defesa da soberania e do desenvolvimento.