Marcelo Rebelo de Sousa rompeu relações com o filho, Nuno Rebelo de Sousa, na sequência do caso das gémeas luso-brasileiras. Em causa está a investigação à atuação do Presidente da República, acusado de favorecimento a duas gémeas luso-brasileiras, a pedido do filho, um tratamento equivalente a quatro milhões de euros, proveniente das finanças públicas.

“Isso é imperdoável, porque ele sabe que eu tenho um cargo público e político, e pago por isso”, confessou ao Correio Braziliense. “Ele tem 51 anos, se fosse o meu neto mais velho e preferido, com 20 anos, eu sentir-me-ia corresponsável. Mas, com 51 anos, é maior e vacinado”.

De acordo com Marcelo, o distanciamento do filho, que mora no Brasil, teve início durante uma viagem ao Brasil, em que que Nuno Rebelo de Sousa terá marcado um encontro com vários políticos brasileiros para “mostrar influência junto ao governo português”. Quando soube do que estava por trás do evento, Marcelo ficou “extremamente chateado” e a relação começou a deteriorar-se.

“Isso veio pouco meses antes das gémeas, o que mostrou o acerto da minha decisão [de romper com Nuno]”, acrescentou.

Nuno procurou o pai relativamente ao tratamento das gémeas, que também têm nacionalidade portuguesa, numa altura em que Marcelo foi operado ao coração, pelo que o assunto foi deixado de lado. Depois de a Casa Civil o ter informado de que não seria possível atender ao seu pedido do filho, queixou-se ao Presidente da República, meses depois, que a Casa Civil estava contra si, ao que Marcelo lhe respondeu “que não era possível”.

Editado por João G. Oliveira