Teve o primeiro par de sapatos aos 10 anos, para fazer o exame da 4.ª classe. Aos 17 anos, o Totobola mudou-lhe a vida: pôs-se a caminho de Lisboa e dois dias depois já trabalhava num restaurante. Pela mão de Vasco Morgado, foi do Convés ao mundo do espetáculo e aprendeu o que precisava para realizar o sonho de ter um restaurante. Acumulou mais de uma dúzia, representou o Marítimo e o país lá fora e fazendo contas aos quase 45 anos d’O Madeirense, não hesita em dizer-se um homem feliz.
Formado em Engenharia mas muito cedo dedicando-se aos meandros da governance e com um fascínio assumido pelo potencial comprovado das empresas familiares, João Rodrigues Pena cresceu entre o Reino Unido e a Avenida de Paris, onde alimentou a sua paixão pelos carros – em tamanho real e em miniaturas, que até lhe valeram prémios. O que mais o encanta? Talvez o coração se divida entre a memorabilia do filme Le Mans e o sonho de uma casa na Grécia.
Ricardo fez toda a sua carreira na multinacional americana e chegou ao objetivo que tinha definido, presidente da IBM em Portugal, ainda antes dos 50 anos. Ainda tem muito que fazer, mas parte do que tem definido nos seus planos passa por ajudar o país a melhorar-se, a aproveitar todo o seu potencial. E por descobrir muito mais dos mundos ocultos nos mares que vem descobrindo nos locais mais exóticos onde faz mergulho.
Dividido entre duas paixões, a vida levou Frederico Falcão a optar pelo vinho, mas nunca deixou verdadeiramente para trás a informática, que o fazia usar os jogos de ZX Spectrum para descobrir código e o recriar à sua medida. Essa veia foi-lhe valendo alguns créditos no percurso que o levou das vinhas à promoção dos vinhos que se fazem em Portugal. Quando a missão na ViniPortugal estiver cumprida? É quase certo que fará um vinho com a sua assinatura. E é bem provável que o case com um prato gourmet, como os que testa na cozinha lá de casa.
Fala francês, italiano, espanhol e inglês como português e apaixonou-se pelas políticas económicas ainda adolescente. Foi fundador do MES mas nunca se deixou atrair pela política, porque gosta mais de fazer do que de aparecer. Continua a fazer estudos da economia real, a ler e a descobrir destinos e música que o encantam. Sportinguista convicto e autor do Plano Mateus, conta a ignorância e a tentativa de enganar o próximo entre as suas maiores irritações. E não prescinde da sua independência.
Nasceu no Canadá e só se estreou no português na adolescência mas isso não o impediu de se fazer médico e deputado. Apadrinhado por Marcelo Rebelo de Sousa no PSD, nunca quis dedicar-se só à política para manter a independência e não se vê a trabalhar em áreas que não tenham impacto na comunidade. Homem de família, feliz e realizado, divide-se hoje entre a fundação que junta saúde e inteligência artificial e (ainda e sempre) a participação política e cívica. E tem planos para levar os filhos a Angola, a terra dos seus pais.
Aos 31 anos, é pela terceira vez candidato a deputado, nas listas da AD, que está certo que irá vencer as próximas legislativas. Para isso tem-se desdobrado em esforços, como faz desde que se filiou na JSD, aos 17 anos, empurrado por interesse próprio e pelas leituras que continua a considerar fundamentais para entender o mundo e a sociedade. Diz que a política é, a par da família e do Sporting, um amor e uma das relações mais longas da sua vida. E não tem reservas ao afirmar a sua admiração por Pedro Passos Coelho.
Nascido em Angola, Vítor Ramalho é licenciado em Direito, passou pelo governo e assessorou Mário Soares na Presidência da República. Bebeu a água do Bengo e, por isso, não esquece as raízes nem os amigos, que mantém e que sempre juntou pela vida. Teima em olhar para o futuro, que o preocupa, porque faltam os desígnios nacionais, porque se olha para o curto prazo quando o que se pede é o que a dimensão angolana lhe deu, a capacidade de olhar longe, principalmente num mundo em turbilhão.