A inflação da zona euro abrandou para 2,4% no terceiro mês do ano, um recuo face aos 2,6% registados em fevereiro. Segundo os dados do Eurostat, o tombo foi maior quando comparado com o período homólogo, uma vez que a taxa de inflação se fixou em 6,9%.

A inflação da União Europeia caiu ao mesmo ritmo, situando-se nos 2,6% em março, uma queda de 0,2 pontos percentuais (p.p.) face a fevereiro. No ano passado, a inflação no bloco dos 27 era de 8,3%.

As maiores contribuições para a inflação de março foram os serviços (1,76 p.p.), alimentação, álcool e tabaco (0,53 p.p.), bens industriais não energéticos (0,30 p.p.) e energia (-0,16 p.p.).

Os dados do órgão estatístico indicam que os países nórdicos comportaram a taxa de inflação mais reduzida: Lituânia (0,4%), Finlândia (0,6%) e Dinamarca (0,8%). Por sua vez, os países do centro europeu verificaram as taxas mais elevadas, com a Roménia a verificar a taxa mais alta, na ordem dos 6,7%, seguindo-se Croácia (4,9%), Estónia e Áustria (4,1%).

Comparativamente com o mês anterior, a taxa de inflação homóloga caiu em 13 Estados-membros, permaneceu estável em quatro e subiu em dez.

E Portugal?

A taxa de inflação em Portugal foi revelada a semana passada, tendo ascendido a 2,3% em março. A inflação encontrava-se, até então, num momento descendente, mas os preços do sector energético fizeram com que subisse no terceiro mês do ano.

Desta forma, a taxa de inflação portuguesa está ligeiramente abaixo dos dados da zona euro e da União Europeia, enquanto o índice harmonizado revelou uma variação homóloga de 2,6%, ficando acima da média europeia.

Importa lembrar que, em março de 2023, a inflação portuguesa estava fixada nos 8%. Ainda assim, desde outubro desse mesmo ano que tem estado em queda consistente.

Em dezembro do ano passado, a inflação situava-se nos 1,9%, ficando abaixo da meta do Banco Central Europeu, mas subiu para 2,5% no mês seguinte.