Sete militantes do PSD lançaram um manifesto, esta terça-feira, a defender entendimentos com o Chega para “construir um governo estável, com uma maioria sólida, que possa fazer as reformas de que o país precisa”.

O manifesto, divulgado pelo Diário de Notícias e que tem entre os subscritores o ex-ministro Rui Gomes da Silva, desafia Luís Montenegro a avançar com “uma solução governativa à direita, sem medos e muito menos condicionada por aquilo que deseja a extrema-esquerda”.

Estes militantes sociais-democratas entendem que, se não houver uma aproximação ao partido de André Ventura, o país terá um governo “sem estabilidade” e de “curto prazo”.

Rui Gomes da Silva defendeu, em declarações à SIC, que “as ideias mais radicais” do Chega ficariam fora deste acordo e garantiu que há muitos sociais-democratas a concordar com uma aproximação ao partido liderado por André Ventura.

“Sou contra a pena de morte e a prisão perpétua, mas isso são coisas que dependem do acordo do governo”, afirmou, lembrando que os socialistas governaram com o apoio de partidos que “não querem a União Europeia e estão contra a NATO”.

O manifesto “Portugal em Primeiro” é também assinado pelo antigo deputado Miguel Corte-Real, o ex-presidente da Câmara de Castelo de Paiva Paulo Teixeira, o médico Manuel Pinto Coelho, os economistas João Saracho de Almeida e Susana Faria e o presidente da Cooperativa do Povo Portuense Paulo Jorge Teixeira.