O stock de depósitos de particulares cresceu 4,2% em março deste ano, em termos homólogos, para 182.203 milhões de euros, atingindo o valor e a variação homóloga mais altos desde dezembro de 2022, anunciou o BdP esta sexta-feira, 26 de Abril.

“No final de março de 2024, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava 182,2 mil milhões de euros, mais 0,8 mil milhões de euros do que em fevereiro de 2024”, regista o BdP numa análise divulgada esta sexta-feira.

No documento, o banco central acrescenta que os depósitos a prazo, que incluem depósitos com prazo acordado e depósitos com pré-aviso, aumentaram 15,6%, para 103.876 milhões de euros, em termos homólogos. Em cadeia, estes aumentaram cerca de 547 milhões de euros.

No caso das empresas, o volume de depósitos nos bancos residentes era de 64.032 milhões de euros, menos 1,48% em termos homólogos, mas mais 1.192 milhões de euros em cadeia.

No campo dos empréstimos a particulares, o montante total de empréstimos atingiu 128.226 milhões de euros. A taxa de variação anual (tva), que exclui o impacto das variações que não tenham sido motivadas por transações propriamente ditas, foi de 0,4%, tendo sido o segundo mês consecutivo com valores positivos.

O montante total de empréstimos para habitação era de 98.977 milhões de euros, menos 0,66%, de acordo com a tva, mas mais 248,2 milhões em relação a fevereiro.

O stock de empréstimos ao consumo era, no final de março, 21.441 milhões de euros, traduzindo-se em cerca de mais 131 milhões de euros face a fevereiro e a uma tva de 5,8% face a março do ano passado.

Quanto ao stock de crédito a empresas, no final do primeiro trimestre, o montante total era de 72.760 milhões de euros, menos 1.796 milhões de euros face ao final do mesmo período do ano passado – tva de -0,8%.

Por dimensão, as microempresas foram as únicas que tiveram um crescimento em termos anuais (4,2%) dos empréstimos concedidos, enquanto pequenas (-3,4%), médias (-5,8%) e grandes (-0,8%) registaram contrações neste indicador.

Por setor, indústrias e eletricidade e do comércio e transportes e alojamento registaram taxas de variação anual negativas, de -3,0% e -2,6%, respetivamente, contra -3,1% e -2,5% em fevereiro.

Em sentido inverso, o setor da construção e atividades imobiliárias teve uma taxa de variação anual positiva de 1,8%, mas inferior à observada em fevereiro de 2024 (2,1%).