Licenciado em História pela Faculdade de Ciências Sociais Humanas da Universidade Nova de Lisboa e finalista no Mestrado em Estudos Internacionais do ISCTE
Os jovens americanos preocupam-se bastante com esses temas, bem mais do que os americanos mais velhos, e, no que deve preocupar o presidente Joe Biden, preocupam-se sobretudo aqueles que costumam votar no Partido Democrata, pois são mais progressistas e tendem a frequentar o ensino superior, muito caro nos Estados Unidos.
Há muitos meses que Trump tem estado à frente de Biden na maioria das sondagens. As principais razões prendem-se com a insatisfação dos americanos com a inflação, as taxas de juro altas, a imigração ilegal descontrolada, a desordem no mundo e a ideia de um Biden demasiado envelhecido e fraco para fazer face a todos estes desafios.
Embora haja cada vez mais americanos, sobretudo do lado republicano a questionar a importância da aliança militar NATO, também neste ponto Trump já mostrou moderação, como quando disse numa entrevista com o político britânico Nigel Farage de que manteria os EUA na NATO caso fosse eleito e continuaria a pagar a quota justa.
Em 2024, os americanos parecem ter esquecido o caótico e terrível 2020 pandémico e lembram-se mais do bom dos anos Trump do que do mau, e os anos 2017-2019 foram bons para a América, enquanto Biden é impopular.
Para Biden ter mais chances de ganhar a eleição convém que este conflito acalme, assim como o da Ucrânia, embora esse dificilmente acabe até Novembro. Turbulência no mundo não ajuda a passar uma imagem de controlo sobre os assuntos mundiais por parte de Biden, principalmente em comparação ao seu rival Trump que durante a presidência assistiu a um número menor de guerras no mundo.