O primeiro-ministro demissionário, António Costa, é considerado pelo Ministério Público suspeito de prevaricação no âmbito da Operação Influencer, noticia o Observador, acrescentando que em causa está a aprovação do novo  Regime Jurídico de Urbanização e Edificação no Conselho de Ministros do dia 19 de outubro de 2023.

O jornal adianta que o MP se refere a uma “lei malandra” e que dias antes da sua aprovação, o ex-ministro João Galamba e João Tiago Silveira terão negociado pormenores do diploma com o administrador da Start Campus, Rui Oliveira Neves, permitindo que o data center de Sines fosse dispensado “de um processo de licenciamento urbanístico”.

De acordo com o Observador, as suspeitas contra o primeiro-ministro fazem parte dos autos que foram abertos nos serviços do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça. A notícia é conhecida no dia em que arranca o congresso do PS que marca o fim da liderança de António Costa no partido e consagra Pedro Nuno Santos como secretário-geral.

O gabinete de António Costa foi confrontado com as informações a que o Observador teve acesso, tendo fonte oficial do gabinete respondido por escrito que “sobre o processo judicial, que não conhece, o primeiro-ministro não fará qualquer comentário”.

O primeiro-ministro demitiu-se a 7 de novembro na sequência da Operação Influencer, que visa o seu núcleo mais próximo (incluindo o ex-ministro João Galamba), tendo sido também o próprio António Costa visado numa investigação relacionada que corre no Supremo Tribunal de Justiça.