A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, garantiu esta terça-feira, 23 de abril, que se reveste de “caráter prioritário” para o Governo promover a dignificação das carreiras e valorização profissional e remuneratória das forças de segurança.

A governante, que falava em Portalegre na cerimónia de Compromisso de Honra do 53.º Curso de Formação de Guardas da GNR, composto por 306 guardas, sublinhou que o Governo “está bem ciente” das necessidades e investimentos naquele setor.

A ministra da Administração Interna afirmou ainda que “é intenção do Governo” encetar um processo para recuperar a atratividade das carreiras de segurança, designadamente por via da revisão remuneratória.

Na segunda-feira, Margarida Blasco anunciou que vai apresentar a 2 de maio uma proposta de atribuição de um subsídio aos elementos da PSP e GNR, que acredita que irá satisfazer os polícias.

“Nesse protocolo que negociamos hoje ficou como prioridade a discussão do subsídio de risco, que é a matéria horizontal e que os sindicatos acham prioritário e que nós, Governo, iremos ter em boa conta”, disse aos jornalistas Margarida Blasco, no final das reuniões com as associações socioprofissionais da GNR e sindicatos da PSP.

A ministra esclareceu que ainda não sabe se será subsídio de risco ou suplemento de missão, encontrando-se depois uma fórmula que se aplique à PSP e GNR.

Margarida Blasco escusou-se a avançar qual o montante e os moldes em que o subsídio vai ser atribuído, remetendo para a proposta que será apresentada a 2 de maio.

“Estamos a fazer um trabalho muito árduo no sentido de apresentar essa proposta aos sindicatos com todas as condições e aquilo que nós entendemos ser a satisfação para todos os profissionais das polícias”, afirmou.

A governante disse que foi criada uma equipa multidisciplinar entre os ministérios das Finanças e da Administração Interna que estão a trabalhar em conjunto.

Esta foi a segunda reunião entre a nova ministra e as estruturas da PSP e GNR, tendo sido apresentada na reunião de segunda-feira a proposta de protocolo negocial e as respetivas matérias a negociar.

A ministra da Administração Interna disse ainda que o projeto do novo centro de formação e comando territorial da GNR que vai ser construído em Portalegre “aguarda apenas” o visto do Tribunal de Contas, num investimento de um milhão de euros.