A ministra da Administração Interna esclareceu esta sexta-feira que o suplemento de missão para PSP e GNR não é a única prioridade do Governo para as polícias, remetendo uma resposta para as negociações que se iniciam a 22 de abril – no mesmo dia em que a Associação Socio-Profissional da Polícia (ASPP/PSP) realiza um colóquio de comemoração de um acontecimento histórico que ficou conhecido por “Secos e Molhados”, em 1989, quando os policias reivindicavam o direito ao associativismo sindical, ainda proibido na época, e foram repelidos com jatos de água por outros polícias que se encontravam de serviço.

Segundo Margarida Blasco, “a prioridade tem a ver com aquilo que é o compromisso deste Governo. As prioridades são todas, temos de ter uma polícia moderna, eficaz e com os meios que a dignificam”, disse aos jornalistas no final de a reunião com todos os sindicatos da PSP e associações da GNR.

A ministra considerou que os problemas da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana “não são só o subsídio de missão”.

Sem avançar com valores ou se o Governo vai atribuir um suplemento de missão idêntico ao da Polícia Judiciária, Margarida Blasco afirmou que em 22 de abril será iniciado um processo de negociação.

“A negociação vai iniciar-se, vamos ver todos os pontos calendarizados”, precisou.

A atribuição de um suplemento de missão aos polícias, idêntico ao que foi atribuído pelo anterior Governo aos elementos da Polícia Judiciária, é a principal reivindicação dos elementos da PSP e da GNR, que protagonizaram vários protestos nos primeiros dois meses do ano.