Cerca de uma dezena e meia de ativistas do movimento Fim ao Fóssil bloquearam esta manhã a entrada para o Ministério da Saúde, no centro de Lisboa, para demonstrar que a crise climática também é uma crise de saúde pública que pode levar à doença ou morte de milhões de pessoas.

“Como estudante de Medicina, sei que o principal dever dos profissionais de saúde é preocupar-se com a saúde e bem-estar das pessoas. Por isso é que estou aqui. Porque a crise climática é uma crise de saúde pública e, se não a travarmos, milhões de pessoas irão morrer e adoecer”, criticou Joana Fraga, uma das ativistas envolvidas na ação.

A ativista lembrou também as pessoas marginalizadas, sublinhando que “são quem vai estar mais vulnerável ao caos climático”.

“Neste momento, pessoas trans já são vítimas de discriminação por parte de um sistema de saúde que lhes está constantemente a falhar. O movimento por justiça climática é e sempre foi um movimento por justiça social. Não podemos consentir que ninguém seja deixado para trás”, apontou.

Também o conflito no Médio Oriente é uma das preocupação dos estudantes do Fim ao Fóssil: “Este ministério devia estar a garantir que o governo português age contra o massacre que já destruiu todos os hospitais de Gaza e assassinou centenas de profissionais de saúde”, sublinhou.

Contactada pela Lusa, fonte da PSP disse que, pelas 8h55, alguns elementos das autoridades estavam a “tomar as diligências necessárias” para que a entrada no edifício não fosse impedida aos funcionários do Ministério da Saúde.

Recorde-se que, já no início da semana, os estudantes do Fim ao Fóssil também bloquearam a entrada do Banco de Portugal, colando-se às portas do edifício e impedindo a entrada, num protesto que pretendeu denunciar o investimento do governo na indústria fóssil e a falta de investimento na transição energética justa.