Um grupo de estudantes do movimento Fim ao Fóssil bloquearam esta segunda-feira a entrada do edifício do Banco de Portugal.

Os ativistas climáticos colaram-se às portas do edifício, impedindo a entrada, num protesto que pretende denunciar o investimento do governo na indústria fóssil e a falta de investimento na transição energética justa.

Uma estudante bloqueou-se-se dentro das portas giratórias do edifício, com a mensagem “Não há paz até ao último inverno sem gás”.

“O dinheiro que devia estar a ser investido numa transição energética justa é, em vez disso, investido no negócio que nos está a condenar. Tenho 21 anos, o meu futuro não está à venda”, defendeu Catarina Bio, porta-voz da ação. “Quando nos dizem que em Portugal não existe dinheiro para o investimento necessário para a transição energética, ​​​​​​​relembramos que Portugal é o país da União Europeia que tem a maior percentagem do seu PIB direcionada para subsídios a combustíveis fósseis”, acrescentou.

Recorde-se que, a 19 de abril, o movimento Fim ao Fóssil ocupou as instalações do Ministério do Ambiente, sentando-se no chão do átrio do edifício, unidos por tubos metálicos.

Com esse protesto, os ativistas pelo clima exigiram a implementação de um plano que “garanta a transição nos prazos da ciência” e recusam abandonar o ministério até que haja um compromisso por parte da ministra do Ambiente pelo fim dos combustíveis fósseis até 2030.

Além dos ativistas que se sentaram no átrio do Ministério do Ambiente, dezenas de outros estudantes manifestaram-se no exterior do edifício. De acordo com o movimento Fim ao Fóssil, foram abordados pelas autoridades e obrigados a entrar na garagem do edifício.