“A voz do povo é a maior força da democracia”, os políticos devem “dar ao povo a concretização das suas legítimas expectativas”, apelou Ana Gabriela Cabilhas no Parlamento, no discurso comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril.

“A solução está nesta câmara. Em cada um de nós, recusando que os extremistas radicalizem a sociedade, dividindo em dois os políticos e o povo. Os políticos estão ao serviço do povo, são também eles o povo”, disse a jovem deputada, ovacionada pela bancada do PSD, mas também da Iniciativa Liberal.

Entre o discurso geracional, em que a deputada pede que o 25 de Abril signifique um projeto de futuro, e o discurso ideológico, criticando “qualquer revisionismo histórico de cariz soviético”, “rejeitando vagas wokistas” e a “nova censura do bem”, a social-democrata insiste. “Aqui não há nós e eles, somos todos Portugal.”

Como o próprio líder do PSD tem feito, Cabilhas apontou também aos que emigraram, juntando-se a eles, para que “cada português saiba que o coração da pátria bate em uníssono com o seu”.

A social-democrata reconheceu que a democracia não pode limitar-se a “sobreviver”, tendo também de “florescer”. Sustentou que é preciso que esta seja “melhorada e reconciliada com o povo”.