O PSD está a avaliar se apresenta um Orçamento Retificativo em 2024 para que o tempo de serviço congelado dos professores seja devolvido já este ano, ao invés de esperar pelo Orçamento do Estado para 2025. O cenário é admitido por Miguel Pinto Luz, vice-presidente do partido, numa entrevista à Renascença e ao Público.

“Temos de ver as folgas, temos de ver os dividendos da Caixa Geral de Depósitos, temos de ver que cativações é que lá estão. Só saberemos depois de chegar ao governo”, explicou o vice-presidente social-democrata, admitindo que, “do ponto de vista teórico”, será possível recuperar o tempo de serviço sem a necessidade de apresentar um retificativo, mas que tudo depende de haver “uma alteração ou não do volume total do orçamento”.

Sublinhando que a prioridade é a Saúde, Pinto Luz relembra que há algumas áreas que foram identificadas durante a campanha eleitoral por Luís Montenegro como prioritárias.

“A prioridade é saúde. Mas são todas prioritárias no sentido em que o país não está bem. Luís Montenegro disse que mal tomasse posse iria começar a falar com os setores da sociedade que se sentem injustiçados. Não falou só dos professores, falou das carreiras na saúde, falou dos polícias”, sublinhou. “Uma prioridade para sarar as feridas deste país que está tão zangado e muitas vezes legitimamente é falar com os vários setores. O Estado Social não existe de forma etérea. Existe porque existem médicos, enfermeiros, professores, oficiais de justiça, procuradores do Ministério Público. Se essas pessoas não estão motivadas, bem remuneradas, se não sentem justiça na forma como são tratadas, não existe estado social. Ele colapsa”.