O PS promete no seu programa eleitoral para as legislativas de 10 de março desencadear negociações imediatas com as associações sindicais e profissionais das forças de segurança e proceder à revisão das carreiras dos bombeiros.

Estas são duas das medidas que fazem parte do capítulo dedicado à segurança do programa eleitoral do PS, intitulado “Plano de ação para Portugal inteiro”, e que foi publicamente divulgado este domingo.

Face aos protestos dos agentes da PSP e dos militares da GNR, o partido liderado por Pedro Nuno Santos promete “desencadear negociações imediatas com as associações sindicais e profissionais representativas das forças de segurança”.

O PS diz-se designadamente disposto a aceitar um “plano concertado de revisão das carreiras com vista à valorização salarial e ao reforço da dignidade da condição policial, em especial para as funções que comportam risco e penosidade, por forma a garantir um tratamento equitativo entre funções e atividades semelhantes”.

Após esta alusão à medida tomada pelo executivo de António Costa em relação à Polícia Judiciária e que esteve na origem da contestação dos agentes da PSP e militares da GNR, no programa eleitoral dos socialistas foi também inscrita a intenção de “assegurar condições aos profissionais deslocados, através de apoios ao alojamento e das suas famílias, contemplando um maior equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar”.

Também neste capítulo, constam medidas para os corpos de bombeiros, tendo em vista melhorar a sua atividade.

Além da criação de “um sistema transparente, adequado às necessidades operacionais, implementando mecanismos de controlo eficazes”, os socialistas asseguram que, se formarem Governo, irão “proceder à revisão das carreiras de bombeiros”.

Um processo de revisão que visa “implementar uma carreira única com desenvolvimento paralelo pela via profissional e pela do voluntariado, promovendo a profissionalização, qualificação e valorização da atividade”, lê-se no documento.

Ainda neste domínio, o PS diz pretender “promover a profissionalização dos quadros de comando dos corpos de bombeiros, dando resposta às novas exigências das funções” e, por outro lado, “capacitando estes elementos para as competências e responsabilidades inerentes aos cargos que ocupam”.