O líder do Chega, André Ventura, fez uma intervenção na sessão solene dos 50 anos do 25 de Abril em que criticou “aqueles que prometeram uma manhã gloriosa para depois entrarmos numa noite ainda mais profunda”, com salários baixos e emigração forcada.

Dirigindo-se a Rui Tavares, líder do Livre, perguntou “como é que a manhã mais bela da Europa força a sair de casa e ir procurar o futuro fora de Portugal”. No que disse ter sido uma intervenção feita de improviso, Ventura terminou a dizer que Marcelo Rebelo de Sousa “traiu os portugueses” ao defender reparações aos países que foram colónias portuguesas no passado. “Tenho orgulho na nossa História”, disse Ventura, recordando a Marcelo que “não foi eleito pelos guineenses, pelos angolanos ou pelos brasileiros”.

“50 anos de abril, 50 deputados do Chega, ironicamente, nesta Assembleia”, proclamou André Ventura, para depois dizer que, “sem ajustes de contas, esta é a historia que aniquilou todos os que defendem a liberdade”.

O líder do Chega continuou, mantendo o seu discurso habitual sobre a justiça e a corrupção, afirmando que, “50 anos depois de Abril, sabemos que uma parte nunca quis uma justiça independente”. E apontou aos que defendem a demissão da PGR: “Quando se metem com o poder político, vêm as demissões, as exonerações.”