O prazo de apresentação de candidaturas para a eleição do novo presidente da Assembleia da República foi novamente adiado, desta feita para as 14h00, revelou António Filipe.

“Há de facto um novo adiamento. Ficou assente, creio que agora em definitivo, que serão admitidas candidaturas até às 14h00 e o plenário ficou marcado para as 15h00”, confirmou o presidente interino da Assembleia da República. “Foi um pedido feito inicialmente pelo PS a que o PSD se associou. Está decidido que o plenário ficou para as 15h00”, acrescentou.

O prazo inicial para apresentação dos candidatos tinha sido marcado para as 11h00 de hoje, mas, durante a manhã, foi adiado por meia-hora, fruto da reunião entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, para resolver o impasse.

Até agora, apenas o Chega apresentou um candidato ao cargo, Rui Paulo Sousa. Recorde-se que o deputado do Chega foi chumbado na votação para vice-presidente da Assembleia da República, em 2022, no início da anterior sessão legislativas.

“Evidentemente que a Assembleia da República precisa de eleger um presidente e neste momento há um só candidato. Mantermos a sessão para as 12h00 com um só candidato creio que poderia não ser a melhor solução, sabendo que poderá haver outras candidaturas”, justificou António Filipe. “Para encontrar uma solução, poderíamos estar a fazer pequenas prorrogações, como já tínhamos feito para as 11h30, mas será preferível marcar um prazo que seja suficiente para as candidaturas que possam aparecer possam ser refletidas”.

Recorde-se que José Pedro Aguiar-Branco não conseguiu ontem ser eleito presidente da Assembleia da República, contra todas as expectativas, depois de o PSD ter dado indicação aos restantes partidos que compõem a Mesa da Assembleia da República – PS, Chega e Iniciativa Liberal – de que iria apresentar o nome do ex-ministro da Defesa e votar favoravelmente os nomes que fosse apresentados para os restantes cargos.

Depois de falhada a primeira volta, PS e Chega apresentaram dois nomes para o cargo: Francisco Assis e Manuela Tender. O impasse manteve-se, com o socialista a passar à segunda volta com o social-democrata, mas nenhum teve os 116 votos necessários para ser eleito. Nas duas votações, Assis recebeu 90 votos favoráveis e Aguiar-Branco 88.