O presidente do PS Madeira, Paulo Cafôfo, mostrou grande preocupação com as buscas que estão a decorrer esta quarta-feira, e que envolvem o presidente do Governo Regional da Madeira e da Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque e Pedro Calado.

“Aguardamos o decurso da investigação, confiantes de que a justiça apurará a verdade dos factos. As suspeitas levantadas assumem particular gravidade, pelo que a Madeira e os Madeirenses exigem um cabal esclarecimento da verdade. Estamos focados no nosso trabalho e na defesa dos interesses da Região e dos Madeirenses”, disse o dirigente socialista.

A Polícia Judiciária e o Ministério Público realizaram mais de cem buscas, por suspeitas de corrupção e outros crimes associados, que envolvem altos titulares de cargos públicos e políticos na Região Autónoma da Madeira, entre os quais o presidente do Governo Regional da Madeira e da Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque e Pedro Calado, avança a CNN Portugal.

A Câmara Municipal do Funchal já confirmou já confirmou que foi alvo de buscas por um grupo de inspetores da Polícia Judiciária, na manhã desta quarta-feira, nas instalações do edifício dos Paços do Concelho.

“A Câmara Municipal do Funchal está a colaborar na investigação em curso e a prestar toda a informação solicitada, num espírito de boa cooperação”, disse a autarquia.

A CNN Portugal acrescenta que o Ministério Público considera que Pedro Calado, que chegou a ser vice-presidente de Miguel Albuquerque no Executivo madeirense, antes de assumir a presidência da Câmara Municipal do Funchal, em 2021, tem um “pacto corruptivo, de favorecimento com as devidas aprovações de licenciamento camarário, em troca de contrapartidas” com o grupo empresarial AFA.

A estação televisiva acrescenta que existem também suspeitas de corrupção relativas a Miguel Albuquerque e a outros decisores políticos da região com grupos económicos.

A CNN Portugal adianta que estão a ser feitas buscas na casa de Albuquerque, devido a relações suspeitas com o Grupo Pestana. Em causa estará a venda de uma quinta de Albuquerque a um fundo imobiliário, em 2017, por 3,5 milhões de euros.