Os partidos fecharam esta sexta-feira a campanha para as eleições legislativas de domingo com um derradeiro esforço de apelo ao voto e com promessas de valorização e defesa dos direitos das mulheres.

No Dia Internacional da Mulher, que se assinala anualmente a 08 de março, o secretário-geral do PS prometeu continuar a valorizar e ampliar os direitos das mulheres e defendeu que os principais avanços se concretizaram com os socialistas.

Já a Aliança Democrática (AD) desfilou em Lisboa com figuras do PSD como Assunção Esteves, Leonor Beleza, Paula Teixeira da Cruz e Teresa Leal Coelho, numa ação que contou com a presença do líder do PSD, Luís Montenegro, e do CDS-PP, Nuno Melo, mas que voltou a deixar de fora o presidente do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, autor de polémicas declarações sobre violência contra as mulheres.

O presidente do Chega, André Ventura, criticou “o legado de PS e PSD” no que toca às mulheres, considerando que estes partidos transformaram Portugal num “país que não é para elas” e deixaram-nas “para trás”, enquanto o presidente da IL, Rui Rocha, assinalou a efeméride à porta da urgência de obstetrícia do hospital de Leiria, que está encerrada, para mostrar que Portugal está “a ficar para trás na proteção dos seus direitos”.

Também o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, em representação da CDU, aproveitou para avisar que uma eventual viragem à direita nas eleições legislativas de domingo pode colocar em risco os direitos das mulheres, ao passo que a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, pediu aos indecisos e a quem está zangado para que não desistam e levem a sua vida “até ao voto”, considerando que “o maior de todos os lucros extraordinários é a discriminação das mulheres”.

Da parte do PAN, a porta-voz, Inês Sousa Real, defendeu que as mulheres não podem, “sistematicamente, ser afastadas da vida pública” por serem mães e o Dia Internacional da Mulher não deve servir apenas para receber flores, enquanto a ‘número dois’ do Livre por Lisboa e deputada municipal, Isabel Mendes Lopes, alertou que “os direitos das mulheres estão ameaçados nestas eleições”, dirigindo duras críticas ao presidente do PSD sobre esta matéria.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.