Se hoje a NIU se divide em três áreas e Nuno lhe reconhece créditos firmados na ativação de pessoas, seja no ponto de venda, numa ação de rua ou num evento corporativo – para o que muito contribui o know how garantido por uma equipa que maioritariamente ali se mantém há 20 anos – a agência também já levou à expansão de Nuno para outros negócios, como o Grupo Praia.
Quando o Meo Spot acabou em Portimão, ao fim de quatro anos a levar a nova marca da Altice ao Algarve durante o mês de verão para as festas que juntavam portugueses de todo o país, não só Nuno aprendera uma nova área como o fizera ao lado de bons amigos. A solução para não pôr um ponto final foi o Praia, que Santana criou com Francisco Spínola e João Arnaut. “O projeto começou com um bar de praia na Costa de Caparica e agora temos 180 pessoas a trabalhar em quatro pontos: o Parque Eduardo VII, a Ericeira, a Comporta, em parceria com Philippe Starck e o Algarve, todos os verões”, elenca. E não é coisa pouca: o Praia já fatura 10 milhões de euros e terá um prolongamento, que não é bem “o conceito de jantar com festa a seguir do Praia”, e no qual o grupo está a trabalhar com a câmara de Oeiras, para abrir ainda este ano.
“Desde a pandemia, a planificação a longo prazo foi perdendo importância face à gestão de curto prazo”, conta Nuno Santana, acrescentando que isso não significa que não sabe exatamente qual é a meta a que quer chegar, antes quer dizer que aprendeu a importância de ir testando as vontades das pessoas e ajustando a resposta com rapidez absoluta. “O Praia permite-nos fazer isso, estarmos mais perto dos clientes e entender o que faz sentido para eles. É praticamente um laboratório de comportamentos.” E o que querem as pessoas, afinal? “Experiências. É isso o que hoje verdadeiramente conta. E nós queremos ser a empresa com maior capacidade de gerar experiência.”