A ministra da Administração Interna prometeu ouvir e dialogar com todas as corporações de bombeiros e garantiu que “vai haver meios” de combate a incêndios florestais na época considerada mais crítica.

A ministra, que presidiu esta quarta-feira à cerimónia que assinalou os 120 anos da fundação da Federação dos Bombeiros Portugueses, que mais tarde deu origem à Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), destacou a importância da LBP, considerando que é “uma instituição essencial no diálogo e construção de soluções tendentes a melhorar e a dignificar a ação dos bombeiros e das suas estruturas, ao serviço das comunidades que servem”.

No discurso, Margarida Blasco afirmou estar ciente “dos desafios que são vividos no dia-a-dia pelas associações humanitárias e pelos corpos de bombeiros” que são representados pela Liga de Bombeiros Portugueses, além dos “anseios e aspirações que querem ver resolvidos com premência”.

“Queremos sempre conhecer, mais em detalhe, os desafios com que as associações humanitárias de bombeiros se confrontam no seu dia-a-dia. Assim, assumindo uma postura de proximidade, de diálogo, de cooperação e de confiança estamos empenhados em ouvir todas as associações humanitárias do território continental”, disse.

Em declarações aos jornalistas, a ministra sustentou que a intenção do Governo “é permitir um diálogo franco e aberto com a LBP e todas as associações humanitárias de bombeiros”.

Questionado sobre as reivindicações da LBP, nomeadamente a criação de uma carreira para os bombeiros voluntários e o aumento do pagamento por hora dos que estão integrados no dispositivo de combate a incêndios, Margarida Blasco apenas prometeu diálogo: “Vamos falar, ouvir todas as opiniões e ponderar essa situação”.

“Estamos há duas semanas no governo, aquilo que podemos assegurar é que estamos a trabalhar afincadamente para resolver a aquilo que for necessário e realizável, não posso fazer promessas quantitativas e qualitativas. Vamos estar todos em comunicação”, precisou.