Mais de quatro dezenas de órgãos de comunicação social estão parados, em dia de greve geral de jornalistas. O balanço é feito pelo Sindicato dos Jornalistas que convocou a greve contra a “precariedade, os salários baixos, a sobrecarga laboral, os conflitos éticos, a degradação da qualidade do trabalho e a dificuldade de conciliação entre a vida profissional e a familiar”.
“À meia-noite desta quinta-feira, não houve noticiário na Antena 1 nem na TSF”, indica o sindicato assinalando que a essa hora foi “dado o tiro de partida para a primeira greve geral de jornalistas em mais de 40 anos”.
A Direção de Informação da Lusa decidiu interromper o serviço da agência de notícias “por respeito à greve decidida em congresso pelos jornalistas portugueses e na defesa da dignidade do serviço público prestado pela agência”, indica em nota aos clientes.
“Há outras quatro dezenas de órgãos de comunicação social de todo o país parados a 100%”, indica o Sindicato dos Jornalistas, acrescentando que a greve está a afetar, igualmente, “de forma expressiva, uma dúzia de outros meios”.
De acordo com o sindicato, “na RTP Lisboa a paralisação é quase total na editoria de sociedade e ultrapassa a metade na política, economia e cultura. Na TVI/CNN Portugal e na SIC/SIC Notícias mais de metade dos jornalistas escalados fizeram greve”.
No Expresso, “as editoriais de sociedade, desporto, internacional e o Porto estão paradas a 100% e o online do jornal está a funcionar com cerca de metade dos jornalistas escalados”, segundo os dados divulgados.