O ministro das Finanças garantiu que o governo vai aplicar “um ambicioso plano de redução de impostos” e criticou a postura do PS, Chega e Iniciativa Liberal no debate sobre a descida do IRS.

“Todos os contribuintes ficarão melhor do que aquilo que estavam até agora”, afirmou Miranda Sarmento no arranque do debate parlamentar sobre a redução do IRS. O ministro das Finanças destacou que a proposta do governo valoriza a classe média que, durante os anos da governação socialista, foi “particularmente penalizada”.

Esta “forte redução de IRS beneficia com particular impacto a classe média. O governo cumpre o seu compromisso eleitoral sem esquecer os mais desfavorecidos”, garantiu.

Na sua intervenção, Joaquim Miranda Sarmento criticou o PS, Chega e IL. Começou por lembrar que, há seis meses, Pedro Nuno Santos era “contra a redução do IRS” e defendeu que a proposta da Iniciativa Liberal “colocaria o saldo orçamental num défice de, pelo menos, 1% do PIB”. E garantiu que a proposta de André Ventura também “colocaria as contas públicas em défice excessivo”.

Uma fraude e um choque de indignação

André Ventura classificou a proposta do governo como “uma fraude” e “um remendo fiscal”. O presidente do Chega quer que seja dada prioridade aos que “ganham menos” e acusa o governo de estar a beneficiar aqueles que ganham mais.

O Partido Socialista voltou a defender que a proposta do governo “é socialmente injusta” e visa iludir os portugueses. “Não é um choque fiscal, mas foi um choque de indignação e na credibilidade do governo”, disse o deputado Sérgio de Ávila.

Em resposta, o ministro Miranda Sarmento acusou os socialistas e o Chega de encararem quem ganha ganha 1300 euros como um rico. “Para o deputado André Ventura e para o PS quem ganha 1300 euros líquidos já é rico”.