Depois de fechar o acordo com o FESAHT para o aumento de salários no âmbito do Acordo Coletivo de Trabalho, a Associação Portuguesa da Hospitalização Privada (APHP) está já a avançar com outras negociações, desta vez com os enfermeiros, de forma a conseguir chegar a um novo contrato coletivo ainda neste ano.

“Neste preciso momento decorre um outro processo de negociação e diálogo com outras cinco entidades representativas dos trabalhadores: Sindicato dos Enfermeiros (SE), Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (Sindepor), Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal SIPENF), Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU) e o Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE). O objetivo é claro: encontrar um compromisso que abra o caminho para um Contrato Coletivo de Trabalho válido em 2024 e nos anos seguintes”, explica a associação.

Lembrando a relevância que têm os enfermeiros que trabalham no privado, a APHP sublinha que tem “procurado construir os compromissos que permitam valorizar a sua atividade e melhor enquadrar o seu trabalho quer do ponto de vista da estabilidade profissional quer da melhoria das condições de trabalho quer da eficiência”, lamentando por isso o “contravapor” a que a CGTP tem dado gás. “Nos últimos dias, a CGTP procurou dar relevância ao facto de o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) ter decidido apresentar um abaixo-assinado contestando a proposta de revisão do atual Contrato Coletivo de Trabalho”, refere a associação liderada por Óscar Gaspar.

A APHP rejeita “com veemência todas as referências abusivas que constam desse documento” e reforça a necessidade de todas partes terem “sentido de responsabilidade”, reafirmando a sua vontade de que “os hospitais privados funcionem cada vez melhor e que esse contexto beneficie também todos os profissionais”.