Energia tem cada vez mais peso na bolsa portuguesa

As empresas do sector da energia são um terço das que integram o principal índice da bolsa de valores portuguesa, mas representam mais de dois terços da sua capitalização bolsista, beneficiando da forte recuperação da economia, mas também da valorização verificada com a guerra na Ucrânia, que provocou uma disrupção nos mercados energéticos, com o aumento significativo dos preços.

O sector da energia é o mais representado no PSI, o principal índice da bolsa portuguesa, integrando cinco empresas, um terço das 15 que o compõem, mas vale mais de dois terços da capitalização bolsista. EDP – Energias de Portugal, EDP Renováveis, Galp, Redes Energéticas Nacionais (REN) e Greenvolt estavam avaliadas pelo mercado em 57 mil milhões de euros, o que quer dizer 67,1% da capitalização bolsista do conjunto das empresas do PSI, de acordo com os dados do fecho de ontem da Euronext Lisboa.

Este é um cenário muito diferente dos tempos em que a banca e as telecomunicações dominavam o mercado de valores português, com os dois sectores limitados, hoje, a uma empresa cada no índice, o Banco Comercial Português (BCP) e a NOS, com a instituição liderada por Miguel Maya a registar uma capitalização de 2,2 mil milhões de euros, enquanto a operadora que tem Miguel Almeida a presidir à comissão executiva a valer 1,9 mil milhões de euros.

Só o Grupo EDP, com a casa-mãe EDP e a tecnicamente espanhola EDP Renováveis, as duas maiores capitalizações da bolsa portuguesa, valia 45,3 mil milhões de euros, mais de metade do índice (53,4%). O peso destas duas empresas na formação do PSI reflecte a sua dimensão, com a EDP Renováveis a ser a mais relevante, com um peso de 13,2%, seguida da EDP, com 13,15%. Em conjunto, as companhias lideradas por Miguel Stilwell representam mais de um quarto do índice do índice português.

“Com a forte valorização das empresas do sector energético, aumenta o valor de mercado de cada uma delas, mas cresce também o peso relativo que cada uma delas tem no desempenho do PSI”, referem os responsáveis pela BA&N Rsearch Unit, num relatório sobre o tema. “Para o cálculo do PSI é feita uma ponderação das várias cotadas, tendo essa ponderação em conta a capitalização das cotadas, embora sejam aplicados limites nas revisões anuais deste índice de referência”, explicam.

Leia o artigo na íntegra na edição do NOVO que está este sábado, dia 20 de Agosto, nas bancas.