A união de ideias diferentes, principalmente quando surgem de pessoas que vêm de meios socioculturais distintos, gera inovação. Nesse sentido, “a diversidade é a mãe da inovação”, de acordo com as palavras do presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), esta quarta-feira, na Web Summit, no âmbito do painel “Transatlantic tech hubs: From Rio to Lisbon”, em que o peso das tecnologias nas cidades e nos países dominou o debate.

Nesse sentido, a capital portuguesa prima pela abertura à diversidade, de acordo com as palavras de Carlos Moedas naquele evento, que está a decorrer na capital portuguesa. O próprio refere que se trata de uma vertente que permite atrair e reter talento em Portugal, num contexto em que este “pode viver em todo o mundo”.

Ao lado do seu homólogo brasileiro do Rio de Janeiro, o presidente da CML, questionado sobre a forma como é possível atrair o talento ligado ao segmento da tecnologia, referiu que “cidades como Lisboa e o Rio” têm a capacidade de ser “um íman” para este talento. Para que tal seja possível, é fundamental estas serem cidades em que as pessoas se “sentem em casa”, referiu Moedas.

“Não há muitos sítios no mundo onde as pessoas sintam que pertencem, independente da religião, dos sentimentos, da maneira de pensar”, sublinhou o social-democrata. De resto, reiterou que esta sensação de pertença, mais do que fatores como “os preços baixos ou o clima”, é um fator fundamental para que Lisboa seja capaz de reter talento.

Carlos Moedas lembrou ainda que se vive uma “economia do futuro, onde há o mundo físico e o mundo digital” e, num contexto como este, a “única forma de criar emprego” é através da inovação que surge pela iniciativa privada.