Amante da música desde que pedia instrumentos de brincar aos pais, levou algumas negas em programas de talentos, mas não se deixou esmorecer. Perseverou no caminho da sua grande paixão e lançou este ano o seu primeiro EP, Beco com Saída.

Quem é Diana Lima?
A Diana Lima é uma sonhadora. Sempre foi. Desde sempre, sempre. Sempre gostei de música e vou sempre gostar de fazer música. Por isso, acho que a Diana é uma lutadora.

Estás ligada à música desde muito nova. De onde vem essa atração pela música?
Desde muito cedo que os meus pais sempre ouviram música em casa e acho que isso também me influenciou muito ao gostar de ouvir música. Quando era pequenina, sempre pedi instrumentos musicais de brincar aos meus pais. Isso sempre me deixou muito próxima da música e os meus pais viam que gostava de cantar…

Participaste em programas de talentos. Correram como esperavas?
Não, porque nenhum correu bem… Não digo que correram mal, mas levei sempre nãos e nunca gostamos de ouvir um não, porque leva-nos a perguntar será que somos bons para isto? Será que desistimos? Será que continuamos? Mas estes programas são sempre uma boa experiência, são uma experiência boa para o nosso caminho.

O que retiraste dessas experiências?
Olha, acho que é bom para para o caminho que vemos em frente de levar esses nãos. Deu-me força para continuar.

O que te levou a não desistir da música?
Foi mesmo o amor que tenho pela música, desde sempre. Não me via a fazer mais nada sem ser música, por isso disse para mim mesma: “Não, vou continuar”. Entretanto, quando lancei a minha primeira música e as pessoas abraçaram tão bem essa música, tinha mesmo que continuar…

Ainda tiraste um curso de Gestão de Recursos Humanos pelo meio, mas foi a paixão que falou mais alto…
Completamente. Entrei no curso a pensar que a música devia ser um plano B, mas depois pensei “Não, isto não é para mim de todo” e continuei na música. Fui estudar música, que é aquilo de que eu gosto.

Lançaste agora o Beco com Saída. Que história queres contar?
Surgiu de uma fase em que estava em baixo, assim meio que brokenhearted, e acho que este Beco com Saída ajudou-me a ter uma saída. Estava assim num momento mais escuro e foi como uma cura para mim…

As tuas letras são um pouco tristes e melancólicas. Quem te partiu o coração?
Quem me partiu o coração? Bem, não falo de nomes, não é? [risos], mas alguém partiu-me o coração. Mas ainda bem. Agradeço essa pessoa hoje, porque consegui fazer este EP…

O que te ajudou mais a fazer essa cura? Foi a escrita ou foi a música?
Acho que os dois juntos. Escrever para mim, escrever no papel, é mesmo uma cura. É deitar tudo cá para fora. Há pessoas que têm os amigos com quem falar. Eu tenho a minha caneta e o meu papel.

Qual foi a saída que encontraste?
Isto pode soar clichê, mas foi mesmo a minha música. Sinto que a música… Quando estou triste e escrevo uma letra, parece que me sai tudo de cima e sinto-me melhor.

Além de um coração partido, o que te leva a escrever?
Por acaso, antes era muito só o coração partido e só conseguia escrever que estava triste. Mas pensei que nós, nesta indústria, não podemos esperar por estar de coração partido para escrever. Comecei a escrever sobre histórias à volta de amigos…

Porquê fazer música?
Acho que a música consegue transmitir tanta coisa felicidade, tristeza e é uma fusão de sentimentos… Acho muito importante fazer música.

Tiveste o primeiro grande concerto no dia 11, em Aveiro, e dia 4 de maio vais subir ao Capitólio. Como foi essa primeira experiência?
Foi incrível cantar as músicas do EP ao vivo. Foi muito bom ver o calor e o carinho das pessoas com este meu novo trabalho. Para dia 4 de maio estou muito mais ansiosa…

Saída deste beco em que estavas, qual é o caminho que queres seguir agora?
Vou sempre continuar a fazer música. Neste momento quero continuar a mostrar às pessoas este meu novo EP, este meu novo trabalho. É continuar sempre a fazer música e, quem sabe?, um álbum!