A Câmara Municipal de Lisboa começa esta segunda-feira a cobrar a Taxa Turística de Chegada por Via Marítima a todos os passageiros de navios de cruzeiros que desembarquem na capital. Prevista há vários anos, mas nunca aplicada, a taxa aplica-se a todos os passageiros maiores de 13 anos, no valor de dois euros por pessoa por noite.

“Conseguimos em dois anos o que não se conseguiu em sete anos: colocar os passageiros dos cruzeiros a pagar a taxa turística. Esta é uma medida de elementar justiça, porque outros turistas que nos visitam já pagavam essa taxa nos hotéis e nos alojamentos. Não era compreensível nem aceitável termos um conceito de turismo para uns – em que lhes pedimos um contributo para melhorar a cidade – e não ter para outros”, explica Carlos Moedas, em comunicado enviado às redações.

De acordo com o autarca, a aplicação da taxa turística aos passageiros dos cruzeiros é “uma medida justa para os lisboetas” por considerar que “o turismo só é benéfico quando todos ganhamos e é essencial que todos os turistas possam dar um contributo para melhorar a cidade”.

“Receber turistas não é apenas dar-lhes o melhor que temos para oferecer, sem que a cidade possa também ganhar com a sua visita”, justifica o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Além de ser uma medida justa, “é também uma medida necessária”, sublinha Carlos Moedas, “porque a cidade precisa de investir mais em áreas fundamentais para o seu bom funcionamento, como é o caso da Higiene Urbana”.

“Este valor que vamos cobrar a cada passageiro têm um pequeno impacto na carteira de cada um, mas para a cidade significa uma receita anual superior a um milhão de euros”, defende Carlos Moedas. “Prefiro que essa receita venha de uma atividade produtiva e lucrativa, como é o turismo, do que venha do bolso dos lisboetas, já tão castigados pela carga fiscal nos últimos anos”.