António Filipe
Antigo deputado do PCP

“Superar décadas de políticas neoliberais passa por intervir decisivamente na correção das desigualdades”

Espero que em 2024 se aproveite a oportunidade da realização de eleições antecipadas para dar mais força a quem luta por uma real mudança política no nosso país. Superar décadas de políticas neoliberais passa por intervir decisivamente na correção das desigualdades, com a valorização dos salários e das pensões, por uma política de habitação que permita o acesso a habitações condignas e acessíveis, por uma política de valorização dos serviços públicos e dos seus profissionais que garanta o acesso ao serviço nacional de saúde, a creches e à escola pública, à justiça, e a serviços públicos essenciais.

 

Álvaro Beleza
Presidente da SEDES

“Que o confronto de ideias seja feito com fairplay e elevação. E o cavalheirismo seja o modo de atuar na vida política”

Os factos:
Vamos iniciar em 2024 e até 2026 um novo ciclo político, menos grisalho e mais jovem, primeiro no governo e Parlamento e depois em Belém.
O PM será de Aveiro, não de Lisboa, distrito de gente empreendedora e de coragem, mas também de boa doçaria.
A incerteza a nível internacional continua.

E os desejos:
Como socialista, que o PS ganhe as eleições defendendo causas e convicções e que o confronto de ideias seja feito com fairplay e elevação. E que o cavalheirismo seja o modo de atuar na vida política, respeitando os que pensam diferente de nós.
Como cidadão, que Portugal continue a diminuir a dívida pública com políticas amigas do crescimento que permitam duplicar salários em 10 anos. E que seja iniciada reforma do sistema eleitoral e da justiça.
Como português tiffosi, que Portugal seja campeão da Europa de futebol.

José Luís Carneiro
Governante socialista

“É importante ter condições de governabilidade de que depende a previsibilidade e a estabilidade essenciais à execução do OE e das políticas públicas”

O mais relevante desejo para 2024 é o cessar-fogo e o estabelecimento de um acordo de paz para a guerra na Ucrânia e o conflito no Médio Oriente. Destas duas guerras depende a evolução do quadro político, social e económico internacional com impacto negativo significativo na nossa vida.
Em termos nacionais, o mais importante será a obtenção de condições de governabilidade, das quais dependem a previsibilidade e a estabilidade essenciais à execução das prioridades do Orçamento do Estado e das políticas públicas associadas ao investimento público e privado. Muito particularmente as relacionadas com as metas do PRR e outros instrumentos de investimento europeu. Das condições deste quadro macroeconómico dependerá a política de rendimentos, a modernização das funções sociais do Estado, a modernização do tecido económico e empresarial e a capacitação da sociedade para os desafios de uma geração: demografia, alterações climáticas, energia e combate à pobreza e às desigualdades.

 

Paulo Otero
Politólogo

“Penso que se vão agudizar os problemas na saúde, educação e justiça. Vai ser um ano de insatisfação e frustração reivindicativa”

O ano de 2024 envolve múltiplas questões políticas: a) as legislativas, vão ditar o futuro político imediato, conduzindo a uma mudança governativa, ficando em aberto se o Chega fará parte da maioria parlamentar de suporte de um governo ou que papel irá ter, tal como fica em aberto se Pedro Nuno Santos se manterá como líder do PS, ou se regressa um “governo da geringonça”; b) penso que se vão agudizar os problemas na saúde, na educação e na justiça : vai ser um ano de insatisfação e frustração reivindicativa da satisfação dos direitos fundamentais. c) No plano internacional, saliento os desafios que vão provocar as eleições europeias e as eleições presidenciais americanas, pois ambas vão ter considerável repercussão no espaço político e económico em que Portugal se insere. Um reforço dos partidos da extrema direita nas europeias poderá “desafinar” os equilíbrios tradicionais entre os dois maiores grupos parlamentares europeus ; uma vitória de Trump terá reflexos inevitáveis na Europa, desde logo na guerra da Ucrânia e no reforço do protecionismo.

 

Nuno Melo
Presidente do CDS-PP

“Só a AD protagoniza uma alternativa credível, estável, previsível e com quadros de grande qualidade”

O que espero para 2024 é uma mudança do ciclo político, através de uma vitória da AD, em condições de formação de governo e com o CDS-PP de regresso ao Parlamento. Depois de oito anos de maus governos socialistas que deixaram Portugal a marcar passo. Portugal precisa de muito melhor. Só a AD protagoniza uma alternativa credível, estável, previsível e com quadros de grande qualidade, capaz de devolver esperança, crescimento e prosperidade aos portugueses.
No que tem que ver com o CDS-PP, 2024 será o princípio de um novo tempo de reafirmação do partido, que nunca foi substituída por mais ninguém: liberal na criação de riqueza e no mercado, mas social na sua distribuição e no apoio aos mais necessitados. Pela AD passará a devolução de rendimentos às famílias e empresas, o crescimento da economia e a eficácia e o humanismo nos serviços públicos.

 

Alexandre Poço
Líder da JSD e deputado

“Em 2024, com uma mudança de governo, que mude políticas e queira reformar o país, vamos lutar por medidas concretas para a juventude portuguesa”

Fruto do fim caótico e por única e exclusiva responsabilidade do governo PS, vamos para eleições antecipadas em 2024. A grande expectativa para o novo ano é de uma mudança política no país. Nunca foi tão difícil como agora a um jovem conseguir ter um bom salário, que lhe permita arrendar ou comprar uma casa. Temos apresentando várias propostas da JSD para subir o rendimento dos jovens através de uma significativa descida do IRS, para mudar os programas de arrendamento, para criar um programa de apoio à compra da primeira casa, para resolver os problemas de alojamento dos estudantes deslocados. Têm sido chumbadas pelo PS, com a sua maioria que não faz, nem deixa fazer. Agora, em 2024, com uma mudança de governo, que mude de políticas e que queira reformar o país, vamos lutar para que estas medidas concretas sejam uma realidade. Acredito que os portugueses querem mais e que querem mudar.