História de Portugal, de nove séculos, é rica em momentos que a revestem de narrativas de beleza e de emoção.

Um deles poderá ser aquele  em que, aos microfones da Rádio Renascença, quando passavam 20 minutos da meia noite do dia  25 de Abril de 1974, o radialista Leite Vasconcelos, responsável pelo programa “Limite”, e em conluio com os revolucionários já infiltrados nos estúdios, mas sem saber exatamente o objetivo, convida  os ouvintes a escutarem a música de Zeca Afonso (não era proibida), começando por dizer os primeiros versos: “Grândola Vila Morena, Terra da fraternidade, O Povo é quem manda ordena, Dentro de ti, ó cidade”. A canção começa e, em quartéis de norte a sul do país, os soldados afetos à Revolução ouvem e percebem tratar-se da segunda senha do Movimento das Forças Armadas, o sinal definitivo para avançarem sobre Lisboa e se juntarem à “Operação Fim de Regime”, aquela que, nas palavras de Sophia de Melo Breyner, trouxe a Portugal “o  dia inicial inteiro e limpo, onde emergimos da noite e do silêncio”.

Porquê a canção de Zeca?

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