Os sindicatos que representam os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa voltaram nesta quinta-feira, 1 de fevereiro, a rejeitar o valor proposto pela empresa para o aumento salarial, alegando que é “insuficiente” e se traduz “numa redução drástica no poder de compra dos trabalhadores”
Em comunicado divulgado, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) explica que se realizou nesta quinta-feira a primeira reunião relativa ao processo de revisão do Acordo de Empresa I, no qual o Metropolitano de Lisboa reiterou que, com base no despacho ministerial, “vai aplicar por ato de gestão 5% de aumento na massa salarial”.

“As organizações sindicais voltaram a rejeitar o valor proposto para o aumento alegando que esse montante é insuficiente e que se traduz numa redução drástica no poder de compra dos trabalhadores do ML”, lê-se na nota.

Em relação às restantes propostas apresentadas pelas organizações sindicais, a administração da empresa argumentou “não reunir condições para alterar” uma série de questões, entre as quais, redução de horário de trabalho para as 35 horas semanais, acréscimo remuneratório nos feriados ou aumento do subsídio de refeição.

Em relação ao seguro de saúde, a empresa deu conta aos sindicatos que “continuam a fazer todos os esforços na tentativa de minimizar os prejuízos para os trabalhadores”.

Quanto ao concurso para encarregados de tração, o Metro informou que existem cinco trabalhadores que reclamaram sobre a prova de ‘assessement’ [acesso] e que vão analisar com os candidatos o processo e verificar se existe alguma irregularidade, ficando o início do curso suspenso.

Relativamente ao pagamento tempo extraordinário, o mesmo vai ser reposto, de acordo com a nota. As organizações sindicais lamentaram a posição recuada do Conselho de Administração e vão em conjunto tomar posição.

Para dia 14 de fevereiro ficou agendada uma nova reunião sobre o Acordo de Empresa.