Pedro Nuno Santos foi claro nesta quarta-feira, 21 de fevereiro. Se a AD ganhar as eleições, mas houver uma maioria de esquerda no parlamento, saída das eleições de 10 de março, o PS vai formar governo com os seus parceiros da esquerda.

Foi esta pergunta que foi colocada ao secretário-geral do PS e Pedro Nuno Santos não podia ter sido mais elucidativo. “Essa pergunta está mais do que respondia pela prática política dos últimos oito anos. Fui secretario de Estado dos Assuntos Parlamentares de um governo nessas condições”, referiu à margem do congresso da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), na Alfândega do Porto.

“Não podemos exigir ao PS que garanta aquilo que o PSD não está disponível para garantir. O que levanta uma questão, se o PSD não está disponível para viabilizar um governo minoritário do PS, o que é que isso significa sobre potenciais alianças que o PSD quer construir? Esta é uma questão muito relevante, por isso é que falo de estabilidade. Quando olhamos para a direita essa estabilidade não está garantida e não é só porque não se entendem. A AD apresenta ao país um programa que é uma verdadeira aventura fiscal e corresponde a um buraco orçamental muito significativo”, disse Pedro Nuno Santos.

E continuou: “O PS foi claro naquilo que está disponível para fazer. Foi, aliás, o único partido que foi claro naquilo que está disponível para fazer: vai governar se vencer as eleições ou se conseguir constituir uma maioria e já disse o que fará se não obtiver este resultado, a questão que falta responder é ao PSD, não havendo reciprocidade o PS sente-se desobrigado, é importante que o PSD também seja claro e deixe de exigir ao PS aquilo que o PSD não está em condições de garantir.”