O número de deslocados internos na Faixa de Gaza aumentou para 1,7 milhões, indica o relatório diário das Nações Unidas sobre a guerra que começou no dia 7 de outubro. A população de Gaza é constituída por 2,2 milhões de pessoas.

De acordo com a Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), o número de pessoas que se encontram albergadas nas instalações da organização ultrapassa as 900 mil, em condições cada vez mais precárias.

O Gabinete para a Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU, que elabora os relatórios diários sobre Gaza, sublinha que a falta de condições está a provocar o aumento das doenças respiratórias agudas, que já afetam 77 mil pessoas, e diarreias.

Nas últimas 24 horas, segundo o mesmo relatório, os combates entre as forças israelitas e palestinianas na cidade de Gaza prosseguem, assim como noutras zonas do norte do território.

No domingo, funcionários da Organização Mundial da Saúde e do Crescente Vermelho Palestiniano conseguiram retirar 31 bebés prematuros do hospital Al Shifa, um dos pontos dos combates, mas cinco outros morreram nos dias anteriores devido a cortes de energia nas instalações.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, há ainda 259 pacientes no hospital, que o exército israelita diz esconder um dos centros operacionais do Hamas em Gaza, que foi alvo de fortes ataques na última semana e está agora a ser alvo da ação dos soldados de Israel.

O relatório sublinha igualmente que o último dia foi um dos mais graves para os jornalistas que cobrem o conflito, com quatro repórteres mortos, elevando o número total de jornalistas mortos para 48: 43 palestinianos, quatro israelitas e um jornalista libanês.

A ONU indicou também que conseguiu fazer uma contagem preliminar das pessoas mortas no ataque de sábado à escola Al Fakhuri, em Jabalia, no norte de Gaza, uma instalação da UNRWA que abrigava 7 mil pessoas deslocadas internamente: pelo menos 24 pessoas foram mortas na zona.

O Ministério da Saúde de Gaza não atualizou os números relativos às vítimas do conflito desde 11 de novembro, devido à falta de comunicação com os hospitais do norte da faixa sitiada, pelo que os números se mantêm inalterados: 11.078 mortos – 4.506 dos quais crianças – e 27.490 feridos.