A redução da dívida pública, que segundo o Banco de Portugal ficou abaixo da fasquia dos 100% em 2023, “foi a maior dos últimos 50 anos”, segundo as contas do ministro das Finanças.

Fernando Medina afirmou hoje, numa conferência no Salão Nobre do Ministério das Finanças, que “a redução da dívida pública dá liberdade ao país e permite desviar recursos do estrangeiro” e dos credores do país para os portugueses.

O ministro das Finanças reagia aos números revelados hoje pelo Banco de Portugal que anunciou que o rácio da dívida pública caiu abaixo dos 100% do PIB em 2023, fixando-se em 98,7%.

“É o melhor resultado desde 2009, desde há 14 anos, desde a crise financeira”, assegurou Fernando Medida.

“A queda da dívida foi acompanhada por uma queda da dívida em valor real. Devemos hoje menos 9,4 mil milhões de euros do que devíamos em 2022”, salientou.

“Isto só aconteceu duas vezes nos últimos 50 anos, e em ciclo de governação socialista”, disse o responsável pela pasta das Finanças.

Fernando Medida recordou ainda que o país saiu do grupo dos países mais endividados da Europa, estando atualmente atrás da Grécia, Itália, França, Espanha e Bélgica no ranking dos mais endividados da zona euro.

“Estamos numa posição mais segura” e este resultado “vai permitir a “libertação de juros para apoiar as políticas públicas do país”, defendeu o ministro das Finanças.