A ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener revelou em entrevista exclusiva à “CNN Portugal” que a maior lição que aprendeu na TAP é que não voltará a trabalhar para uma companhia aérea cujo principal acionista seja o Estado.
À questão sobre qual a principal conclusão que retira de todo o processo de afastamento da TAP, a gestora francesa foi perentória: “Nunca mais vou trabalhar para uma companhia aérea pública”.
Sobre o processo de afastamento da liderança da TAP, Christine Ourmières-Widener acusou a empresa de “tentar convencer que o meu percurso na indústria está repleto de fracassos, de que não sou uma pessoa honesta”. A ex-CEO da TAP garantiu ainda que nada tem a ver com outra empresa: “Sou um monstro para eles”, acrescenta.
“Durante todo o meu tempo na TAP só recebi felicitações dos acionistas incluindo aquele que me demitiu, até porque fui contratada por pessoas inteligentes e astutas”, desabafou a gestora.
A TAP acusou a ex-presidente executiva (CEO) de violar “grosseiramente” os deveres de administradora, ao ocultar o acordo de saída de Alexandra Reis da maioria dos membros do Conselho de Administração, alega a defesa da companhia aérea contra a Chrstine Ourmières-Widener.
Christine Ourmières-Widener foi exonerada por justa causa em abril de 2023, na sequência da indemnização de meio milhão de euros da antiga administradora da companhia aérea Alexandra Reis, que provocou também do ministro e do secretário de Estado, Pedro Nuno Santos, e Hugo Mendes e à constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à gestão da companhia aérea.