A Iniciativa Liberal saltou para 12% das intenções de voto dos portugueses nas eleições europeias, ultrapassando o Bloco de Esquerda (BE). Partido Socialista (PS) e AD perdem terreno — os dois maiores partidos, segundo estas previsões, teriam pouco mais de 43% dos votos –, mas, ainda assim, o PS deverá ser o partido mais votado nas eleições de 9 de junho. São estes os resultados da última sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã, CMTV e Jornal de Negócios, divulgada esta quarta-feira.
O PS, que conquistava 25,7% das intenções de voto na sondagem anterior da Intercampus, cai agora para os 22,2%. Também a Aliança Democrática desceu para os 21,2% (contra os 23,2% da sondagem anterior). A confirmarem-se os resultados, PS e AD terão um empate técnico.
Já a Iniciativa Liberal, partido representado nestas eleições pelo seu antigo líder, João Cotrim Figueiredo, é quem tem a subida mais expressiva. As intenções de voto subiram para os 11,6%, o triplo das intenções de voto do barómetro de abril da Intercampus. O número, a confirmar-se, permitiria ficar à frente do Bloco de Esquerda, de Catarina Martins, que conquista 8,9% das intenções de voto e o lugar de quinto partido mais votado (o BE sobe 2,8 pontos percentuais em relação a abril). Não chegaria, porém, para ficar à frente do Chega. O partido que escolheu o embaixador António Tânger Corrêa como seu representante nestas eleições tem agora 17,4% das intenções de voto, uma subida significativa, dado que na última sondagem da Intercampus não passava dos 10,7%.
Já o Livre — que vai para as europeias representado por Francisco Paupério — tem 6,6% das intenções de voto. O PAN conquista 3,9%, ultrapassando agora a CDU, que com o ex-deputado João Oliveira como cabeça-de-lista tem apenas 3,6% das intenções de voto.
Esta foi a primeira sondagem da Intercampus que já associa aos partidos os nomes dos candidatos. No barómetro de abril, estes ainda não estavam escolhidos. A Intercampus regista também uma quebra expressiva nos indecisos: desceram de 17,5% em abril para 3,7% em maio.
No campo da abstenção, o barómetro revela que oito em cada dez inquiridos tencionam votar. Só 2,6% dizem que “de certeza” não irão fazê-lo.