O líder do CDS foi o primeiro elemento da AD a falar na reta final da contagem dos votos, quando existiam 77 deputados para a coligação e 74 para o PS, mas ainda com freguesias por apurar, para declarar a vitória da Aliança Democrática nas eleições legislativas, que decorreram este domingo.
“Com os dados que temos, a AD venceu as eleições”, declarou Nuno Melo, perante uma plateia que gritava “vitória, vitória, vitória”, acrescentando que “o PS teve uma clamorosa derrota, caindo de uma maioria absoluta para menos de 30%” e perdeu as eleições”.
Sobre as condições de governabilidade, numas eleições em que o Chega triplica o seu resultado e ultrapassa os 40 deputados, Nuno Melo deixou um apelo: “Que todos estejam à altura das suas responsabilidades” porque a AD “estará à altura”. Um recado indireto ao Chega, que tem insistido para que a AD faça uma aliança com o partido de André Ventura, tendo em conta a expressão de votos clara que teve e a “vitória histórica”, com mais de um milhão de votos. Certo é que com os deputados do Chega, a AD teria maioria absoluta no parlamento, mas Luís Montenegro disse sempre “não é não” a eventuais pactos com André Ventura. E o líder do Chega pode dificultar a vida a um eventual governo AD de maioria relativa.
Até ao momento, a AD segue na frente, mas existem ainda freguesias por apurar em Lisboa e Setúbal que podem virar o resultado. Mas, mesmo que a AD ganhe, há já quem fale em “grande fragilidade política” e anteveja novas eleições em janeiro do próximo ano.