O Ministério dos Negócios Estrangeiros expressou hoje profunda consternação pela morte de Idan Sthivi, refém do Hamas com nacionalidade portuguesa, raptado no dia 7 de outubro de 2023.

“Expressamos profunda consternação pela morte, hoje confirmada, do nosso concidadão Idan Sthivi, um dos muitos reféns do Hamas, e enviamos sentidas condolências à sua família”, indica o Ministério dos Negócios Estrangeiro em comunicado, onde volta a condenar os ataques de há um ano.

Hoje, uma organização israelita de familiares dos reféns do Hamas indicou que Idan Shtivi morreu em cativeiro, estando o corpo em posse do Hamas, em Gaza. Idan Shtivi, de 29 anos, foi raptado no dia 7 de outubro de 2023 junto ao local onde se realizava o Festival Nova, a poucos quilómetros do enclave palestiniano, atacado pelo Hamas.

O festival de música eletrónica decorria a pouco mais de três quilómetros do kibbutz Be’eri, que também foi alvo da ação armada do Hamas e que fez mais de 1.205 mortos. O Hamas fez 251 reféns durante este ataque.

“No dia 7 de outubro, Idan [Shtivi] foi para o Festival Nova muito cedo para documentar [fotograficamente] a atuação de amigos. Não chegou a entrar [no recinto]. Quando o ataque começou, Idan ajudou dois desconhecidos que tinham conseguido fugir, tendo sido raptado nesse momento”, refere o comunicado do Hostages Families Forum, difundido hoje através das redes sociais. O grupo de apoio lamenta a morte de Idan Shtivi, dirige as condolências à família e refere que o corpo da vítima ainda se encontra na “posse do Hamas”.

O Fórum Tikva (Forum Esperança), outra organização israelita de apoio às famílias dos reféns, citada hoje pelo portal do jornal Jerusalem Post, também envia as condolências aos familiares e lamenta a morte de Idan Shtivi.

No passado dia 4 de janeiro, a embaixada de Israel em Portugal já dava conta da nacionalidade portuguesa de Idan Shtivi.

“Idan tem também nacionalidade portuguesa e o irmão e a mãe visitaram Portugal no mês passado para pedir ajuda a quem quer que seja para a sua libertação”, afirmava o embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira.

No mesmo comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros condena “novamente os terríveis ataques de 7 de outubro de 2023” e “presta homenagem às quase 1.200 vítimas”.

No dia em que se assinala o primeiro ano sobre o ataque do Hamas contra Israel, o Ministério dos Negócios Estrangeiros reitera ainda a exigência sobre a libertação imediata e incondicional dos reféns, referindo que, desde 7 de outubro, a região entrou num ciclo de violência e destruição, causando a morte de muitos milhares de civis.

“Apelamos a um cessar-fogo imediato e incondicional, que permita o acesso de ajuda humanitária às populações afetadas, designadamente em Gaza”, indica ainda o comunicado.

“Apelamos ao respeito pelo direito internacional, à máxima contenção de todas as partes em toda a região e à retoma da via do diálogo e da paz, que permita viabilizar a solução dos dois Estados”, sublinha o Ministério dos Negócios Estrangeiros.