Inês Sousa Real sublinhou hoje que só com a renúncia de Miguel Albuquerque é que o PAN manterá o acordo de governo que assinou com PSD e CDS na Madeira.

“Não faz sentido a sua continuidade”, defendeu.

O PAN vai analisar, durante o fim-de-semana, tanto as moções de censura anunciadas por PS e Chega como o acordo de governo assinado, em setembro.

O partido está em contacto com a estrutura regional do PSD na Madeira e encontra-se a aguardar uma resposta oficial “ao repto lançado pelo PAN, porque, no nosso entender, perante os factos que vieram a público, não faz sentido que Miguel Albuquerque se mantenha em funções durante esta investigação”.

O PAN reafirma a sua disponibilidade para “assegurar a estabilidade governativa” e que o mais importante é “pensar nos princípios e valores que o PSD quer manter”.

“O pior serviço que podemos dar à democracia e à comunidade regional é não darmos um sinal de que há limites que não podem ser ultrapassado, mesmo respeitando a presunção de inocência”, atirou.

Sem querer apontar nomes de possíveis sucessores, Inês Sousa Real lembrou que a região autónoma nunca teve uma mulher na liderança do governo regional.

“Caberá ao PSD apresentar esses nomes. Por exemplo, a região autónoma nunca teve uma mulher na presidência e esta seria uma boa oportunidade para esta alteração. Não vamos traçar um perfil de nomes, o mais importante é que se aproxime dos valores do PAN e de reavaliação dos projetos que estão envolvidos neste caso e deve haver uma suspensão dos projetos que ainda não foram executados”.