Derrotar a direita, aumento de salários e os problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e do sistema de justiça marcaram o debate deste sábado, 17 de fevereiro, entre o secretário-geral do Partido Socialista (PS) Pedro Nuno Santos e do seu homólogo do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo.
“Devemos discutir a reforma da justiça. A justiça está a fazer o seu trabalho, não há nenhuma área da nossa vida que possa estar ausente do debate público e da reflexão”, começou por referir Pedro Nuno Santos.
Por sua vez, Paulo Raimundo assumiu que “algo não está bem” no sistema judicial português, salientando a vontade do partido em contribuir através das suas propostas para “debater e construir as soluções necessárias”.
No que às eleições de 10 de março diz respeito, o líder dos comunistas destacou que o principal objetivo passa por “ter a força necessária para fazer face aos problemas das pessoas”, alertando o PS de que não irá ceder novamente às chantagens e pressão de há dois anos. “Não cedemos a chantagens e a pressões, como foi o caso de 2022”, realçou Paulo Raimundo.
Já Pedro Nuno Santos centrou o foco do seu discurso em derrotar a Aliança Democrática (AD) e a direita, que considera ser o principal adversário dos socialistas. “Queremos convencer o eleitorado português que temos as melhores condições para dar resposta ao nosso país”, referiu.
Na questão dos salários Paulo Raimundo defendeu a necessidade de se fazer um debate sobre como aumentar as remunerações em Portugal, que no seu entender tem estado fora da agenda de trabalho.
Sobre esta questão Pedro Nuno Santos assumiu que os socialistas têm uma estratégia para aumentar os salários que passa por envolver “associações empresariais e a academia, o que as economias liberais fazem, de selecionar sectores que têm maior capacidade de arrastamento”.
No tema da saúde o líder do PS, defendeu que “não há balas de prata”, acrescentando que o problema do Serviço Nacional de Saúde “é sério e de difícil resolução”.
Já Paulo Raimundo acredita que o principal problema está na falta de profissionais de saúde em Portugal. “Precisamos de reter os que temos, fixar os que temos e atrair mais”, afirmou.