Por serem percebidas sempre como eventos culturais de indiscutível importância social, as feiras literárias naturalmente mobilizam imprensa e redes sociais, gerando notícias e publicações de todos os lados; estas, por sua vez, acumulam-se até despertar o interesse do cidadão, que as visita de mente e peito abertos. Uma vez lá, imerso na miríade de histórias e escritores que povoam os estandes, o cidadão entrega-se, invariavelmente, ao consumo; e, finalmente, o consumo de cada livro transforma-se em semente para o inevitável crescimento do hábito de leitura.
Lê-se mais porque há mais oportunidades e meios de leitura. Simples. Todos ganhamos, tanto como leitores quanto como sociedade. Ou alguém duvida que uma sociedade mais informada é também uma sociedade mais preparada para construir o seu futuro?
Um dos maiores desafios que o mercado editorial enfrenta, atualmente, é o de conquistar públicos que se identificam com gostos cada vez mais específicos e menos massificados. A lógica é simples: num mundo feito cada vez mais de nichos e menos de massas, onde a liberdade de expressão abriu as portas para ideias e pensamentos […]