O deputado socialista Francisco Assis recusou confirmar se será o nome apontado para assumir a presidência da Assembleia da República daqui a dois anos e considerou o acordo entre PS e PSD uma “excelente solução”.
“Acho uma excelente solução, porque é uma solução que desbloqueia um problema institucional grave, que tem que ver com a eleição do presidente da Assembleia da República, a segunda figura do Estado português”, afirmou.
O deputado falava esta quarta-feira aos jornalistas na Assembleia da República depois da reunião da bancada parlamentar do PS.
“Houve um entendimento sério entre o PS e o PSD e, na base desse entendimento, o que ficou claro foi o seguinte; o PSD apresentará hoje um candidato que será o doutor Aguiar Branco, à presidência da Assembleia da República, e nós votaremos essa candidatura, e daqui a dois anos o PS apresentará o seu candidato”, assinalou.
Questionado se será o nome indicado pelo PS para assumir o cargo nessa altura, Francisco Assis recusou confirmar.
“Não consigo antecipar o que é que vai acontecer nos próximos dois anos, nem no PS, nem na minha vida e, portanto, nem eu próprio me vou auto-acorrentar à ideia de vir a ser o próximo candidato. O que é certo é que vai ser alguém do PS, uma deputada ou um deputado do PS, [que] daqui a dois anos será presidente da Assembleia da República”, afirmou.
O PS propôs ao PSD que a presidência da Assembleia da República seja repartida, proposta que os sociais-democratas aceitaram, revelou hoje o líder parlamentar socialista.
Nas duas primeiras sessões legislativas, até setembro de 2026, a liderança da Assembleia da República caberá ao nome proposto pelo PSD, que será Aguiar-Branco. O PS presidirá ao parlamento no resto da legislatura.