O Parlamento vai de férias prolongadas – forçadas pela dissolução – daqui a menos de um mês, mas isso não significa que não haja muito trabalho pela frente, garantem os deputados ouvidos pelo NOVO. É que, embora o trabalho parlamentar esteja interrompido até pelo menos abril, altura em que tomará posse a nova Assembleia da República (AR), uma nova ida às urnas não é sinónimo de descanso. É preciso assegurar que os eleitores voltam a confiar o seu voto e garantir a reeleição.
“Não vai faltar trabalho”, afirma ao NOVO Nathalie Oliveira, a deputada socialista que nas eleições de 2022 se tornou a primeira lusodescendente a ser eleita para a Assembleia da República. Menos de dois anos depois, é agora tempo de encarar mais uma “batalha política”. “É outra vez o momento da verdade”, diz a parlamentar eleita pelo círculo da Europa.
No seu caso, se for novamente candidata, ir à “batalha” significa preparar o mapa da campanha e saber quem vai visitar num “distrito” que não é nada pequeno: “São 38 estados da Europa.” França e os países vizinhos é certo que constarão do roteiro, mas há todo “um trabalho de preparação da campanha e propostas” a definir. Ao mesmo tempo, a lusodescendente, que declarou apoio a Pedro Nuno Santos na corrida à liderança do PS, quer também escrever “alguns textos”.
“Não serão dois meses de descanso, serão meses de trabalho dedicados aos eleitores da forma mais próxima possível num círculo que é do tamanho do continente europeu. Quem faz política, e faz de forma séria, tem pouco descanso”, resume Nathalie Oliveira, esperando que desta vez não haja nada a atrasar a constituição do Parlamento e do novo governo.
Leia o artigo na íntegra na edição do NOVO que está este sábado, dia 16 de dezembro, nas bancas.