O Ministério da Saúde do Hamas delcarou o “colapso total” do sistema de saúde nos hospitais da Faixa de Gaza. Ao todo, 12 hospitais e 32 centros de saúde estão fora de serviço devido à falta de combustível e aos bombardeamentos israelitas.

“Receamos mais encerramentos devido aos bombardeamentos e ao esgotamento de combustível”, disse o ministro da Saúde.

Esta manhã, os responsáveis do Hamas já tinham alertado que o sistema de saúde estava a atravessar “a pior fase da sua história” devido ao bloqueio imposto por Israel, avisando que os hospitais estavam a ficar sem recursos, incluindo as reservas de combustível, e sem energia. As instalações estão sobrelotadas devido ao elevado número de mortos e feridos.

Desde sábado que vários camiões entraram na Faixa de Gaza com ajuda humanitária, com água, medicamentos, cobertores e colchões, mas não incluem combustível.

As Nações Unidas têm alertado para a situação dramática que se vive na Faixa de Gaza. No sábado, Philippe Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados (UNRWA), revelou que “dentro de três dias, (…) ficará sem combustível, essencial para a nossa resposta humanitária em toda a Faixa de Gaza”.

“Sem combustível, não haverá água, nem hospitais e padarias a funcionar. Sem combustível, a ajuda não chegará às pessoas que dela necessitam desesperadamente. Sem combustível, não haverá assistência humanitária. Sem combustível, as crianças, as mulheres e o povo de Gaza ficarão ainda mais estrangulados”.

Israel tem avisado que não vai deixar que a ajuda humanitária chegue ao norte da Faixa de Gaza e que seria distribuída pelo sul do território. Os responsáveis israelitas não deixam entrar combustível na Faixa de Gaza para evitar que o mesmo chegue às mãos do Hamas.