A sede da Uber em Lisboa está a ser alvo de buscas por parte da Autoridade Tributária (AT), o Ministério Público e Segurança Social por suspeitas de fraude fiscal. Segundo a “SIC Notícias”, há indícios de um prejuízo de cerca de 28 milhões de euros para os cofres do Estado.
A empresa de entregas já avançou que está a colaborar com as autoridades e garante não ser a entidade visada. “Confirmamos as diligências nas nossas instalações, sendo que a Uber não é a entidade visada das mesmas. Estamos a colaborar com as autoridades e a disponibilizar toda a informação solicitada”, informa a empresa em comunicado.
O Ministério Público revela que o que está a ser investigado é a “atuação e relação comercial entre uma sociedade comercial – que se dedica, entre outras, às atividades de gestão de plataformas digitais relacionadas com a restauração, e à venda de serviços de entrega a clientes finais – e os seus principais parceiros de frota”.
Já a Segurança Social sublinha que em causa estão alegados factos “suscetíveis de consubstanciar crime de fraude fiscal e fraude contra a Segurança Social”, que poderão ter lesado o Estado em cerca de 28 milhões de euros.
A Segurança Social avança que há também suspeitas de falta de pagamento a esta entidade dos “devidos pelas quotizações dos trabalhadores, no montante global que se suspeita ser de, pelo menos, 7,5 milhões de euros”.
Segundo a Segurança Social, a operação, denominada “Express Delivery”, já foi alargada aos distritos de Setúbal, Coimbra, Aveiro e Braga.