A Quinta do Pessegueiro encerra 2023 com o lançamento no mercado de quatro novos vinhos. Um deles, o Quinta do Pessegueiro tinto 2019 já começa a dar que falar ao integrar o top 100 da Wine Enthusiast, sendo o único DOC Douro, a par do Vale Meão, a fazer parte da afamada lista dos melhores vinhos do mundo, eleitos pela equipa da publicação americana, referência no setor dos vinhos. Quinta do Pessegueiro Branco 2022, Tinta Roriz 2021 e o Porto LBV 2018 são as outras novas referências lançadas para conquistar o mercado internacional, nomeadamente o inglês.
Os novos vinhos estarão disponíveis no mercado a partir de dezembro, com preços que variam entre os 28 e os 30 euros por garrafa. O objetivo é, “aumentar o valor das exportações e aumentar a faturação em 10 a 15% no próximo ano”, como revela António Beleza, diretor comercial da marca, adiantando que o volume de negócios este ano deverá voltar a ascender a um milhão de euros.
Depois de chegar a três novos mercados – Suécia, Países Baixos e México -, a marca detida pelo grupo francês Domaine Zannier, quer continuar a surpreender os consumidores com vinhos com identidade Douro, que reflitam o trabalho de agricultura e enologia que tem vindo a ser feito ao longo desta década. É o caso do monocasta Tinta Roriz 2021, produzido a partir de uma vinha com cerca de 45 anos, situada a poente, com 300 metros de altitude, e que reflete a visão da enologia liderada por João Nicolau de Almeida, no que à “agricultura e ao Douro” dizem respeito.
Para o enólogo, este vinho é “uma conquista”, porque “há muito que a Quinta do Pessegueiro almejava fazer um monocasta de Tinta Roriz, uma casta autóctone que é uma das mais conhecidas e plantadas na Península Ibérica, mas que exige um trato muito especial para se conseguir um vinho distinto”. Prossegue João Nicolau de Almeida: “Esta vinha já andava a ser estudada por nós há muito, mas só em 2021 é que entendemos que estavam reunidas as condições”. E explicou: “Como o ano de 2021 foi seco e quente, com uma produção controlada, então tínhamos reunidas as condições para avançar”. Este ano poderá haver “outra excelente colheita desta monocasta”, adiantou.
O Quinta do Pessegueiro tinto 2019 é um dos dois DOC Douro e fazer parte do top dos melhores 100 vinhos do mundo da americana Wine Enthusiast. Para Célia Varela, diretora-geral da Quinta do Pessegueiro, a distinção em causa representa uma “enorme conquista, que entusiasma e motiva, além de mostrar que o caminho pode ser longo, mas está a ser percorrido com coerência, o que é validado por uma das revistas mais prestigiadas do setor”.
No total, serão disponibilizadas pouco mais de 1000 garrafas do Tinta Roriz 2021 para o mercado, a 30 euros, enquanto o Quinta do Pessegueiro tinto 2019 tem uma produção de 16 mil garrafas, a um custo unitário de 28 euros; o Quinta do Pessegueiro branco 2022 sai para o mercado a 28 euros, 1200 garrafas, enquanto o Porto LBV 2018 tem um custo de 25 euros e pouco mais de 4000 garrafas à venda.
Um milhão de euros de negócios em 2023
À semelhança do que se registou em 2022, a Quinta do Pessegueiro deverá voltar a encerrar este ano com um volume de negócios na ordem de um milhão de euros. Apesar do atual contexto económico internacional ter provocado “um pouco de recessão de consumo”, sobretudo no que respeita aos vinhos “de preço mais elevado”, António Beleza acredita que será possível continuar a aumentar a faturação da empresa.
Para 2024, o diretor comercial da Quinta do Pessegueiro estima um crescimento de “cerca de dois dígitos, entre 10 a 15%”, face ao ano corrente, despoletado, entre outros fatores, pela solidificação da marca nos mercados, pela chegada a novos países e pelo lançamento das novas referências vinícolas. O objetivo é conseguir um “maior peso nas exportações” e, assim, levar o nome da Quinta do Pessegueiro, situada em Ervedosa do Douro, aos quatro cantos do mundo.
A marca tem, atualmente, um espetro internacional. França assume-se como o país com maior índice de compras de vinhos da Quinta do Pessegueiro, seguido do Brasil, China e dos Estados Unidos da América.