O Índice de Preços da Habitação (IPH) teve um aumento homólogo de 7% no 1º trimestre de 2024 o que compara com 7,8% no 4º trimestre de 2023, registando por isso um desaceleramento e cresceu 0,6% em cadeia os primeiros três meses do ano (menos que 1,3% no 4º trimestre de 2023). Os dados são do DF – Estudos Económicos e Financeiros do BPI.

Apesar disso, no 1º trimestre de 2024, as transações registaram um recuo homólogo de 4,1% (tinham recuado 11,4% no 4º trimestre de 2023).

O gabinete de estudos do BPI diz ainda que o valor médio das casas transacionadas no até março caiu para 203,5 mil euros (-3,2% em cadeia) e, em termos homólogos, subiu 2,4% (sendo que subiu +10,0% no 4º trimestre de 2023).

O BPI diz que “o valor médio não é corrigido pelas diversas características/tipologias e zonas das casas transacionadas. Estes fatores são tidos em conta no cálculo do índice de preços da habitação”.

Os dados publicados suportam a expetativa do BPI Research de que os preços no imobiliário irão desacelerar gradualmente ao longo do ano.

“A expetativa de que a economia crescerá a um ritmo mais moderado, de que a capacidade de criação de emprego (que está em máximos históricos) será menor e a possibilidade de que o ciclo de descida das taxas de juro seja mais lento do que o antecipado há uns meses atrás, são fatores de suporte ao cenário de desaceleração moderada da atividade no mercado imobiliário”, segundo os economistas do banco.

“Tudo pesado continuamos a acreditar que o ritmo de crescimento das casas em 2024 poderá desacelerar para níveis em torno dos 4%”, conclui o gabinete de estudos do BPI.