O preço das casas em Portugal registou um aumento de 8,7% no segundo trimestre de 2023 face ao período homólogo do ano anterior. Em comparação com o trimestre anterior, o preço da habitação cresceu 3,1% (variação de 1,3% no primeiro trimestre de 2023 e 3,1% no segundo trimestre de 2022), de acordo com os dados do Índice de Preços da Habitação (IPHab) divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira, 21 de setembro.
Em relação aos preços das habitações, no período em análise as casas existentes aumentaram a um ritmo superior ao das casas novas, 9,0% e 8,0%, respetivamente. Já entre os dois trimestres ambas as categorias de habitações apresentaram um crescimento dos preços, tendo o mesmo sido mais expressivo no caso das existentes (3,2%), relativamente às novas (2,8%).
Durante o segundo trimestre foram realizadas 33.624 transações, que se traduziram num valor total de 6,9 mil milhões de euros, o que significou uma descida face ao período homólogo ano anterior de 22,9% (-20,8% no primeiro trimestre de 2023) e 16,7%, respetivamente, sendo o quarto trimestre consecutivo em que se observou uma redução do número de transações.
Neste período as habitações existentes representaram a maioria das transações (79,7%) num total de 26.799 unidades, menos 25% face ao registo do mesmo período de 2022. Por sua vez, as habitações novas, contabilizaram 6.825 transações, traduzindo-se numa redução de 13,2% por comparação com o segundo trimestre de 2022.
O segmento institucional das famílias adquiriu 28.732 habitações (85,5% do total), por um total de 5,8 mil milhões de euros (83,8% do total). No trimestre em análise, as transações de alojamentos envolvendo compradores com um domicílio fiscal fora do território nacional fixaram-se em 2.535 unidades, (7,5% do total), representando uma redução homóloga de 8,9%. A nível homólogo, o valor das compras de habitação pelas Famílias diminuiu 19,5% (variação de -17,3% no primeiro trimestre de 2023).
Por regiões durante o segundo trimestre foram transacionadas 9.696 habitações na Área Metropolitana de Lisboa, 28,8% do número total, menos 1,8 p.p. relativamente a período idêntico do ano anterior. As regiões Norte e Centro, com respetivamente, 9.628 e 7.489 transações, foram as únicas a apresentar subidas 1,2 p.p. e 1,6 p.p., pela mesma ordem. No Algarve venderam-se 2.946 habitações, 8,8% do total, traduzindo-se numa redução homóloga de 0,8 p.p..
Seguiram-se, em termos de número de transações, o Alentejo e a Região Autónoma da Madeira, com 2.537 e 795 transações, respetivamente. Na Região Autónoma dos Açores transacionaram-se 533 habitações, o que correspondeu a uma quota regional de 1,6%, idêntica à do mesmo
período de 2022.
No trimestre em análise, o preço das casas transacionadas na Área Metropolitana de Lisboa fixou-se nos 2,9 mil milhões de euros (42,5% do total), acima do montante contabilizado na região Norte, 1,6 mil milhões de euros (23,1%), verificando-se aumentos homólogos nas respetivas quotas regionais nas duas regiões (0,5 p.p. e 0,8 p.p., pela mesma ordem).
O Centro apresentou um aumento de 0,6 p.p. no seu peso relativo, para um total de 13,5%, correspondente a um valor de 934 milhões de euros. O Algarve, com um valor das transações de 889 milhões de euros, registou a maior redução do respetivo peso relativo, -1,6 p.p., perfazendo 12,9%. No Alentejo, as habitações transacionadas totalizaram 292 milhões de euros, representando 4,2% do total (-0,3 p.p. em termos homólogos).
Na Região Autónoma dos Açores, o valor das habitações transacionadas fixou-se nos 75 milhões de euros, 1,1% do total, sendo que na Região Autónoma da Madeira ascenderam a 186 milhões de euros, correspondendo a um peso relativo de 2,7%.