O CDS rejeitou, num requerimento, a linguagem utilizada pela Direção-Geral de Saúde (DGS) num questionário onde refere “pessoas que menstruam”. O CDS considera que a “linguagem é desrespeitosa para as mulheres”.

No requerimento, o partido liderado por Nuno Melo recordou que a “DGS lançou um questionário online relacionado com a menstruação, onde convidava todas as ‘pessoas que menstruam’ a participar, em vez de usar a expressão ‘mulheres’”.

“A menstruação é uma consequência biológica só possível no sexo feminino, constatação esta que não envolve, pela evidência, nenhuma carga discriminatória”, destacou o partido.

Segundo o CDS “essa linguagem é desrespeitosa para as mulheres que deixam de ser tratadas como tal para serem incluídas numa referência genérica a pessoas que menstruam”.

“Não faz sentido a adoção, por autoridades públicas, de fórmulas de linguagem nascidas em perspetivas de reconstrução social que dividem profundamente a sociedade”, disse o partido.

Do lado do Governo, a ministra da Juventude, Margarida Balseiro Lopes, referiu que nas “pessoas que menstruam, incluem-se as pessoas transgénero e não-binária”. A governante respondia à pergunta da bloquista Joana Mortágua sobre as críticas de alguns deputados sociais-democratas em relação à linguagem da DGS.