O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, disse, esta sexta-feira, que não houve qualquer convite ou contacto para integrar um novo governo liderado pelo PSD como ministro das Finanças.
“Não houve qualquer convite nem qualquer contacto”, afirmou na conferência de imprensa de apresentação dos resultados da CGD em 2023 (lucros recorde de 1.291 milhões de euros).
Após duas perguntas sobre esse tema, Macedo disse que não queria mais falar e que a apresentação aos jornalistas é sobre o banco público.
O Correio da Manhã noticia hoje que Paulo Macedo é o nome preferido pelo líder do PSD, Luís Montenegro, para ministro das Finanças no próximo governo.
Ainda na conferência de imprensa, sobre o facto de o seu nome ser falado para vice-primeiro-ministro, Macedo sorriu: “Fico satisfeio com o upgrade de ministro das Finanças para vice-primeiro-ministro”, disse.
Macedo foi nomeado para presidente executivo da CGD pelo governo PS de António Costa.
Antes, foi ministro da Saúde do governo de Passos Coelho (PSD/CDS-PP), entre 2011 e 2015. Entre 2004 e 2007, tinha sido Diretor-Geral dos Impostos (nomeado durante o governo PSD/CDS-PP liderado por Durão Barroso).
Sobre a atual situação política e a importância de haver um novo Orçamento, Macedo disse que há leituras de que viver em duodécimos é melhor porque se evita subida de despesa, mas que considera “importante para o país ter orçamento e orientação sobre o que se pretende”.
Quanto ao facto de a CGD estar a apresentar os resultados de 2023 mais tarde do que habitual e se quis evitar períodos de campanha política, o gestor explicou com o processo burocrático (nomeadamente apresentar primeiramente os resultados aos supervisores), mas também disse que é “bom não politizar a Caixa”.